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Saúde - Terça-feira, 24 de Março de 2020

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TEM DÚVIDAS SOBRE O NOVO CORONAVÍRUS ?

Perguntas e respostas: tire suas dúvidas sobre o novo coronavírus


TEM DÚVIDAS SOBRE O NOVO CORONAVÍRUS ?

Perguntas e respostas: tire suas dúvidas sobre o novo coronavírus

 

1. O que é o coronavírus?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), coronavírus é uma família de vírus que pode causar doenças em animais ou humanos. Em humanos, esses vírus provocam infecções respiratórias que podem ser desde um resfriado comum até doenças mais severas como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). O novo coronavírus causa a doença chamada COVID-19.

 

2. O que é COVID-19?

COVID-19 é a doença infecciosa causada pelo mais recente coronavírus descoberto. O vírus e a doença eram desconhecidos antes do surto iniciado em Wuhan, na China, em dezembro de 2019.

 

3. Quais são os sintomas da COVID-19?

Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca. Houve alguns relatos de sintomas gastrointestinais (náusea, vômito e diarreia) antes da ocorrência de sintomas respiratórios, mas esse é principalmente um vírus respiratório. Alguns pacientes podem também apresentar dores, congestão nasal, coriza e dor de garganta. Os sintomas geralmente são leves e começam gradualmente. 

A maioria das pessoas que fica doente se recupera do COVID-19. O tempo de recuperação varia e, para pessoas que não estão gravemente doentes, pode ser semelhante ao período de duração de uma gripe comum. Pessoas que desenvolvem pneumonia podem levar mais tempo para se recuperar (dias a semanas).

Pessoas com febre (maior que 37,8ºC), tosse e dificuldade para respirar e que tiverem viajado ou tido contato com pessoas vindas de países com transmissão local devem procurar atendimento médico.

 

4. Quão grave é a COVID-19? 

Algumas pessoas infectadas pelo vírus podem não apresentar sintomas ou apresentar sintomas discretos. A maioria das pessoas infectadas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento especial. Cerca de uma em cada seis pessoas com COVID-19 pode desenvolver a doença em sua forma mais grave. 

Pessoas idosas e/ou com comorbidades, ou seja, outras doenças associadas como por exemplo: pressão alta, problemas cardíacos, diabetes e pessoas em tratamento para câncer, têm maior probabilidade de desenvolver doença respiratória grave.

 

5. Como a COVID-19 é transmitida?

O coronavírus, que provoca a COVID 19, pode ser transmitido de uma pessoa para outra. A transmissão pode ocorrer através de gotículas de saliva ou muco, expelidos pela boca ou narinas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. A transmissão também pode ocorrer através de partículas virais transferidas ao apertar as mãos ou compartilhar um objeto, como por exemplo beber no mesmo copo que um portador do vírus. 

Na maioria das vezes, é evidente se uma pessoa está doente, mas já houve relatos de portadores do vírus ainda sem sintomas aparentes e que já podiam transmitir a doença. Segundo a OMS deve-se manter uma distância de pelo menos 1 metro da pessoa com sintomas evidentes.

Quarentenas e restrições de viagens atualmente em vigor em muitos países também se destinam a ajudar a quebrar a cadeia de transmissão. As autoridades de saúde pública podem recomendar outras abordagens para pessoas expostas ao vírus, incluindo isolamento em casa e monitoramento de sintomas por um período de tempo (geralmente 14 dias), dependendo do nível de risco de exposição. 

Novas pesquisas sobre as formas de transmissão ainda estão sendo realizadas e a OMS continuará compartilhando as descobertas atualizadas. 

 

6. Pessoas sem sintomas podem transmitir o coronavírus?

O risco de ser contaminado por uma pessoa sem sintomas é baixo. No entanto, muitas pessoas sentem apenas sintomas leves, especialmente nos estágios iniciais. Por isso, é possível pegar COVID-19 de alguém que teve apenas uma tosse leve sem se sentir doente, por exemplo.

 

7. Posso pegar o coronavírus comendo alimentos preparados por outras pessoas?

Estudos sobre a transmissão do COVID-19 ainda estão sendo feitos. Não está claro se isso é possível, mas, nesse caso, seria mais provável que fosse a exceção do que a regra. Dito isto, COVID-19 e outros coronavírus foram detectados nas fezes de certos pacientes, portanto, atualmente não podemos descartar a possibilidade de transmissão ocasional de manipuladores de alimentos infectados. O vírus provavelmente seria morto ao cozinhar os alimentos. 

 

8. Devo usar uma máscara facial para proteger contra o coronavírus? Meus filhos deveriam?

É sempre importante seguir as recomendações de saúde pública. Atualmente, máscaras faciais não são recomendadas para o público em geral. A máscara é fundamental apenas para quem está com sintomas (febre ou tosse) e para quem está em contato direto e cuidando dessas pessoas. É provável que seu risco de pegar o vírus no Brasil ainda seja baixo, pois há poucas evidências de transmissão na comunidade neste momento. 

Se você tiver sintomas respiratórios como tosse ou espirro, os especialistas recomendam o uso de uma máscara para proteger os outros. Isso pode ajudar a conter gotículas que contenham qualquer tipo de vírus, incluindo a gripe, e proteger contatos próximos (qualquer pessoa a menos de um a um metro e meio da pessoa infectada).

A OMS recomenda o uso racional deste recurso para evitar desperdício e a falta deste insumo devido a utilização sem critérios.

 

9. O que a pessoa pode fazer para se proteger?

As recomendações para reduzir a exposição e a transmissão de uma série de doenças incluem a manutenção básica da higiene das mãos e respiratórias, práticas alimentares seguras e evitar contato próximo, quando possível, com qualquer pessoa que mostre sintomas como tosse e espirros.

 

10. O que significa um caso suspeito de COVID-19?

O Ministério da Saúde classifica casos como suspeitos de COVID-19 em duas situações: 

Situação 1 – VIAJANTE: pessoa que apresente febre E pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E com histórico de viagem para país com transmissão sustentada OU área com transmissão local nos últimos 14 dias; 

OU 

Situação 2 - CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E histórico de contato com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias. 

 

11. O que significa um caso provável de COVID-19?

CONTATO DOMICILIAR: Pessoa que manteve contato domiciliar com caso confirmado por COVID-19 nos últimos 14 dias E que apresente febre OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%, sinais de cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia). 

Alerta-se que a febre pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em pacientes jovens, idosos, imunossuprimidos ou que em algumas situações possam ter utilizado medicamento antitérmico. Nestas situações, a avaliação clínica deve ser levada em consideração e a decisão deve ser registrada na ficha de notificação.

 

12. Existe um tratamento disponível para o coronavírus?

Atualmente, não há tratamento antiviral específico para esse novo coronavírus. O tratamento é, portanto, suportivo, o que significa administrar líquidos, remédios para reduzir a febre e, em casos graves, oxigênio suplementar. Pessoas que ficam gravemente doentes com o COVID-19 podem precisar de um respirador para ajudá-las a respirar. A infecção bacteriana pode complicar essa infecção viral. Os pacientes podem necessitar de antibióticos nos casos de pneumonia bacteriana, além do COVID-19. Os tratamentos antivirais usados para o HIV e outros compostos estão sendo investigados. 

Não há evidências de que suplementos, como vitamina C ou probióticos, ajudem a acelerar a recuperação.

Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para obter um diagnóstico e iniciar o tratamento. Os casos graves devem ser encaminhados a um hospital de referência estadual para isolamento e tratamento. Os casos suspeitos leves que não necessitam de hospitalização, poderão ser acompanhados pela Atenção Primária, que instituem medidas de precaução domiciliar. Contudo, é necessário avaliar cada caso.

 

Prevenção
Como prevenir o coronavírus?

  • Ainda não existe uma vacina para prevenir a infecção por coronavírus. As orientações de prevenção são as mesmas de outras doenças de transmissão via respiratória.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes ou com sintomas de infecção respiratória aguda (tosse, coriza, febre)
  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, por pelo menos 20 segundos, principalmente após ter contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar. Se não houver água e sabão, usar um antisséptico para as mãos à base de álcool em gel
  • Usar lenços descartáveis para higiene nasal (nada de lencinhos de pano!) e descartá-los logo após a utilização
  • Cobrir nariz e boca sempre que for espirrar ou tossir de preferência com um lenço de papel (e descartar no lixo) 
  • Na falta de lenço de papel, preferir usar o braço para cobrir nariz e boca. Evite cobrir com a mão, pois é mais comum encostar em outras pessoas ou objetos com ela 
  • Se usar as mãos para cobrir, lave-as sempre após tossir ou espirrar
  • Evitar tocar em olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas
  • Manter ambientes muito bem ventilados 
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos, garrafas e talheres
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies que sejam tocados com frequência
  • Evitar contato com animais selvagens ou doentes
  • Evitar cumprimentar pessoas com apertos de mão. Prefira um aceno acompanhado de um sorriso.

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